Por Fabíola Carvalho

“Você é o que você come!” O ditado popular sobre bem estar humano cabe muito bem ao mundo pet. Dentro da Medicina Veterinária, a nutrição de pequenos animais é uma área muito explorada e rica de informações úteis também para qualquer criador doméstico. Com vários segmentos diferentes, e grande variedade de alimentos que oferecem o melhor para o desenvolvimento de cães e gatos, o mercado tem muitas opções.

Os “alimentos industrializados”, chamados de rações, são classificados em populares/standard, “premium” e super “premium”. Esse é um segmento que cresce a cada ano pela praticidade de se obter um alimento balanceado e adequado às necessidades da espécie, pronto para se oferecer diariamente ao animal de estimação.

As rações populares/standard podem ser encontradas em supermercado ou a granel, por preço mais em conta que os demais tipos. A diferença de preço está no padrão do alimento. Usando tecnologia pouco sofisticada na fabricação, e por não usarem ingredientes de melhor qualidade, as rações standard não facilitam a digestibilidade e absorção dos nutrientes. Isso explica, inclusive, a ocorrência de coprofagia (prática dos animais comerem as próprias fezes) entre os pets que se alimentam com esse tipo de ração. Ao consumirem produto desse padrão, os animais tendem a comer um volume enorme do alimento para poderem se saciar. E isso não é bom. Outra consequência da ração standard são fezes muito fétidas.

As rações “premium” são melhores no item nutrientes. Com uma composição mais completa, concorrem para uma absorção nutricional mais profunda. Porém, o processo de produção desse padrão de alimento não utiliza uma tecnologia que atenda às necessidades específicas de cada espécie, como prevenção de doenças, alergias, entre outros problemas de saúde e bem estar do animal. Mas, são o meio-termo para o tutor que não consegue manter seu animalzinho com uma “super “premium””, e que não quer deixar de alimenta-lo com uma ração de qualidade.

As rações “super “premium”” são as mais completas nutricionalmente. Possuem um valor agregado; a tecnologia de fabricação é mais sofisticada. Por exemplo, os fabricantes adicionam produtos destinados tanto à prevenção quanto ao tratamento de doenças. Esse padrão de alimento utiliza ingredientes específicos para estimular uma alta absorção dos nutrientes pelas diferentes raças. Não é apenas um alimento, mas sim uma nutrição. Sem dúvida, a “super “premium”” é a melhor opção para que gatos e cães tenham pelos, pele e toda sua fisiologia em ordem, desde a fase de filhote.

Os alimentos super “premium” têm uma série de virtudes atribuídas a uma formulação enriquecia com proteínas de origem animal de alta digestibilidade; na forma hidrolisada, concorrem para a absorção mais rápida dos benefícios nutricionais. Esses alimentos dispensam corantes e conservantes artificiais e são enriquecidos com ácidos graxos (EPA e DHA), que melhoram a pele, pelos e estimulam o aumento de imunidade, prevenindo infecções. Enfim, um conjunto de benefícios que compõem uma nutrição balanceada muito adequada à harmonização do desenvolvimento do animal.

Muitas pessoas não alimentam melhor seus animais talvez por desconhecerem as diferenças entre os diversos padrões de rações. E não procuram um veterinário também por falta de informações adequadas sobre as contribuições profissionais que podemos dar. Se o médico é requisitado pelos humanos para garantir saúde e qualidade de vida, o veterinário contribui tem papel equivalente, contribui muito para a qualidade de vida dos animais. Inclusive, recomendando o melhor alimento.  Estudamos para isso!

Bem, se a qualidade dos alimentos faz a diferença entre os seres humanos, o mesmo vale para os animais de estimação. E, para confirmar a validade do ditado, citado no começo deste artigo, também no mundo pet, basta conferir o conjunto do animal para saber o que ele anda comendo.

Fabíola Carvalho é Veterinária, consultora da Royal Canin em Belém. Contato: fabiolamcarvalho20@hotmail.com